Instalações sanitárias que atendem migrantes venezuelanos são reabertas em Roraima
30/06/2025
(Foto: Reprodução) Instalações em Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, foram reabertas nesta segunda-feira (30). Elas foram fechadas em janeiro de 2025, após o governo dos Estados Unidos suspender o repasse de verbas americanas destinadas à ajuda humanitária em outros países. Instalação sanitária que atende migrantes e refugiados em situação de rua é reaberta em Boa Vista (RR).
Ailton Alves/Rede Amazônica
As instalações sanitárias que atendem migrantes e refugiados em situação de rua foram reabertas em Boa Vista e em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, nesta segunda-feira (30). Os espaços, administrados pela Cáritas Brasileira, estavam fechados desde janeiro de 2025, após o governo dos Estados Unidos suspender o repasse de fundos americanos destinados à ajuda humanitária.
O local voltar a funcionar diariamente, no horário das 8h às 17h. As instalações ofertam serviços gratuitos de higiene pessoal, como uso de banheiro, duchas, fraldários, lavanderia e bebedouro com água potável.
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Com a reabertura, o nome da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), que coordena e distribui toda a ajuda dos Estados Unidos enviada para situações de conflitos ou emergências pelo mundo, e a bandeira do país norte americano foram expostos novamente. Os nomes haviam sido cobertos a época do fechamento, no início do ano.
Nome da USAID e a bandeira dos Estados Unidos voltaram a ser exibidos na instalação sanitária localizada em Boa Vista, em Roraima.
Ailton Alves/Rede Amazônica
"Graças aos esforços e diálogos permanentes com diversos atores sociais, com o governo federal e com a cooperação internacional e também por meio de nossa campanha de arrecadação 'A Sua Doação Promove Direitos', a Cáritas Brasileira conseguiu reativar, integralmente ou parcialmente, as outras instalações de higiene que mantém em Pacaraima e Boa Vista", informou.
Os espaços foram fechados, pela primeira vez, em janeiro de 2025. O fechamento ocorreu após a determinação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decretou a paralisação imediata dos repasses de fundos americanos destinados à ajuda humanitária em outros países.
As instalações chegaram a ser reabertas provisoriamente por dez dias em fevereiro, com recursos próprios levantados pela organização. Nos três últimos meses em que estiveram funcionando, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, mais de 4 mil pessoas foram atendidas.
Todas as instalações sanitárias fazem parte do projeto Orinoco: Águas que Atravessam Fronteiras. Só em 2024, mais de 50 mil migrantes foram atendidos pelo projeto nas duas cidades roraimenses.
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Projeto Sumaúma
Em maio, o projeto "Sumaúma: Nutrindo Vidas", que distribuí refeições a refugiados, migrantes venezuelanos e pessoas em situação de vulnerabilidade social em Roraima, também retomou parte das atividades na capital Boa Vista. Ele estava suspenso desde fevereiro de 2025.
As atividades foram retomadas com a oferta apenas do almoço — antes, as refeições também incluíam o café da manhã. A comida é servida no Posto de Recepção e Apoio (PRA) da Operação Acolhida, na capital.
O projeto voltou a funcionar após doações de alimentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, além das feitas pela população e por outras organizações, de acordo com a Rede Cáritas, responsável pelo projeto. Agora, ele também conta com o apoio financeiro da Catholic Relief Services (CRS).
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